Atos e devaneios da Covid-19

Fim das restrições preocupa
Maurício Maron

Na avenida Soares Lopes, enquanto um decreto impede o funcionamento de diversos equipamentos, dentre eles, um parque de diversão, um deles é montado em tempos de proibição. Funciona mais ou menos assim: um cidadão constrói uma casa numa área invadida por que, simplesmente, um dia isso aqui vai virar bairro. E será possível, finalmente legalizar o ato.

Ainda não se sabe se a prorrogação do decreto, por apenas dois dias, das restrições de atividades no município por conta da Covid-19 é apenas um “hiato” para que um novo decreto mais severo seja formatado ou se foi apenas um erro de revisão da data tão próxima no Diário Oficial do Município. Nem nos cabe pensar, neste momento, que a ideia das autoridades seja, simplesmente, abrir a porteira. Seria inadimissível.

Vale lembrar que os efeitos desastrosos das aglomerações registradas no feriado prolongado, sejam nos bairros, nas praias ou nos encontros em família, deverão aparecer nos cards oficiais que apresentam os índices da Covid-19 no município, a partir do dia 15 deste mês. É o tempo de incubação do vírus desenhado pelas autoridades sanitárias.

Liberar a porteira, agora, é, na nossa humilde opinião, dizer: é possível piorar o que já não está nada bom.

Triste.